NY é proprietária de uma riqueza inestimável: a Cultura.
No entanto, neste campo tenho que vos confessar que tive uma desilusão... um dos meus pintores favoritos é o Edward Hopper, cuja obra, na sua maioria, integra a exposição permanente do Whitney Museum. Foi para lá que corri, numa das manhãs, apenas para ser informado que o Museu estava a acolher uma Bienal qualquer e que por isso a colecção permanente estava arrumada. Nem sequer quis entrar: fiquei tão, tão triste... Enfim, acabei por ter mais um motivo fabuloso para lá voltar!
Dali seguimos para o Guggenheim e aviso já que a minha opinião acerca dele não é a melhor. No entanto, digamos que não será a opinião mais imparcial uma vez que há apenas dois meses estive no Guggenheim de Bilbao, que me apaixonou com a sua arquitectura... Eu sei que o de NY tem muitos anos em cima e que possivelmente foi tão invoador para a sua época como o é agora o congénere Basco. No entanto, acho que a própria dinâmica do edifício de NY não será a melhor para expor as colecções, com salas reduzidas e pouco propícias a uma instalação livre do conteúdo que se pretende levar ao público. Fica a nota máxima para a colecção permanente: tantos Cezánnes juntos dão vontade de ficar lá um dia inteiro!
Um outro sítio a não perder é o Met. Sim, o tal das galas anuais. Digamos que é uma espécie de British Museum e Victoria & Albert num só, mas em Americano. Impressiona pela variedade e riqueza do recheio, que vai de um templo egípcio inteiro, passa por vários Dalí, Picasso, e vai até inúmeras esculturas da antiguidade clássica. É impossível ver tudo num dia, mas o que se vê enche-nos o espírito.
Por outro lado, levava o pé atrás para o Museu de História Natural (é um facto: não nutro grande interesse pelo tema das ciências). No entanto, este menino trouxe-me uma surpresa muito agradável! Assim que me apanhei lá dentro entre os esqueletos de dinossauro, os bonecos representativos das diferentes culturas, as maquetas de cidades do passado e os cenários com diferentes faunas e floras senti-me numa cena do "À Noite no Museu"... dei por mim a correr de um cenário para o outro como uma criança entusiasmada. E também não resisti a deitar-me no chão do pavilhão dos oceanos, mesmo por baixo da enorme baleia azul que está pendurada no tecto. Dá-nos uma sensação mágica da nossa pequenez perante outras criaturas com quem partilhamos o planeta...
E por fim, meus senhores: a jóia da coroa, a créme de la créme, o top of the top... o MOMA!!!
Há quase um ano que oiço semanalmente a minha professora dizer "ah e tal isto está no MOMA", "ah e mais isto e aquilo e o maior acervo deste pintor pode ser encontrado no MOMA", "ah e é o MOMA que reúne a maior amostra desta corrente"... e pude comprovar: o MOMA é o céu da arte contemporânea!
Há quase um ano que oiço semanalmente a minha professora dizer "ah e tal isto está no MOMA", "ah e mais isto e aquilo e o maior acervo deste pintor pode ser encontrado no MOMA", "ah e é o MOMA que reúne a maior amostra desta corrente"... e pude comprovar: o MOMA é o céu da arte contemporânea!
A magia que é vermo-nos rodeados por Van Gogh, Picasso, Gauguin ou até mesmo Frida Kahlo... E não estou a falar de obras meio obscuras: está lá o ex libris da maioria dos pintores mais conhecidos do final do Séc. XIX e Séc. XX. Aqui um pequeno aparte: cada segundo passado neste museu valeu todos os euritos e horas investidas no Curso de História de Arte Contemporânea... confesso que me emocionei com coisas às quais não daria o mínimo valor há um ano atrás e por de repente estar ali e perceber do que se trata... A sala dedicada ao Construtivismo e Suprematismo, que antes seria uma sala repleta de coisas esquisitas foi, naquele momento, a possibilidade de estar perante as inquietações de Rodchenko, Popova ou Malevich e quase poder tocá-as...
Como se tudo isto não bastasse ainda tive direito a uma surpresa brutal (deve ter sido para compensar a desilusão do Whitney): o MOMA tinha uma exposição temporária dedicada aos célebres murais que Rivera pintou para o Rockefeller e que foram arrancados do edifício quando se percebeu a mesnagem ideológica dos mesmos! Aquilo foi um doce, para mim que adoro Diego Rivera: ver os murais, ler a correspondência dedicada ao tema, ver as fotografias da época... Por fim, uma outra mais-valia do MOMA é o célebre jardim das estátuas, que se pode definir como nem mais nem menos que um espaço de relaxamento e lazer onde podemos passear por entre seres saídos das cabeças dos mais criativos génios.
(Guggenheim NY)
(Metropolitan, o "Met")
(Dalí at the Met)
(Leda e o Cisne... um clássico)
(Templo Egípcio)
(Whitney Museum... eu volto. Seguramente)
(Museu de História Natural)
(idem)
(idem)
(idem)
(idem)
(eu, as "Demoiselles" do Picasso e o MOMA)
(Frida e o MOMA)
(MOMA - Jardim das Estátuas)
(MOMA - Jardim das Estátuas)
(MOMA - Jardim das Estátuas)
(MOMA - Jardim das Estátuas)