Como é evidente, esta nova fase não poderia estar isenta de precalços. As duas primeiras semanas foram passadas a meter coisas em prateleiras, compras mercearias e detergentes e toda uma panóplia de coisas completamente desinteressantes (ah, a descoberta do quão necessários são os paninhos amarelos absorventes para uma cozinha) e algumas limpezas (superficiais, confesso). Ainda assim, é incrível o nível de merda porcaria que a casa foi acumulando... digamos que enquanto caminhava pela casa já tentava não pontapear as milhentas bolas de cotão que se foram espalhando pelo chão fora.
Ora, o meu vizinho (a quem iremos - salvo seja - no próximo post) veio, uma vez mais, em meu auxílio e recomendou-me a prestadora de serviços domésticos que lhe higieniza a casa. Passei por casa dele (dois andares abaixo da minha) e convidei a Senhora a visitar o Palácio. Gostei logo dela: tem sangue frio suficiente para não largar a correr porta fora quando lhe mostrei o desafio que tinha pela frente.
E ela lá desempenhou a sua tarefa na passada terça-feira. Só vos digo que quando cheguei a casa fui de imediato acometido pela sensação de estranheza que atravessou a Dorothy quando percebeu que afinal aquilo não era o Kansas. A casa estava... limpa. Limpa, mesmo! Podia caminhar sem tropeçar no cotão, os utensílios da cozinha já não ficavam colados à bancada, a casa-de-banho cheirava a... aloe vera (?) e pude finalmente descobrir a verdadeira cor da TV.
Durante aquela noite, caros, foram várias as vezes em que despertei com um cheiro estranho, que de imediato inspirava profundamente. Era um cheiro estranho e novo naquela casa, que me dizia que novas aventuras e um futuro radioso se estendiam à minha frente.
O cheiro a limpo.
2 comentários:
Um dia destes faço um post de homenagem à D.Júlia, a Senhora que me limpa a casa, desde há quase 7 anos...
Portanto, percebo-te perfeitamente.
Então andamos a frequentar a casa do vizinho???
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