O Verão de 2009 levou uma das minhas melhores amigas (e sócia na actividade profissional) a viver para o Brasil. Foi também o ano em que meti uma mochila às costas e fui passar um mês inteirinho na Índia, a atravessar o País de uma ponta à outra.
Ora, uns dias antes de eu embarcar para a Índia, a C embarcou para São Paulo e resolveu dar um jantar de despedida... É aí que surge o lenço castanho, à explorador, que assim que lhe mostrei me disse que o tinha que levar vestido para o jantar.
E eu levei. E a partir daí ele esteve comigo nas grandes epopeias pessoais.
Na Índia deu um jeitão para limpar o cabelo durante as chuvadas das monções que apanhei em Delhi, para limpar o suor nas tardes quentes do Rajastão ou proteger a cabeça no deserto do Tahar.
No Quénia, mostrou-se vital para tapar o nariz quando me distraí e pisei bosta de um bicho qualquer numa ilha no Lago Naivasha, e na Tanzânia para proteger das chuvas na Floresta de Jozani.
O ano passado foi fundamental nas tempestades de areia que teimaram em perseguir-nos enquanto andámos a atravessar Marrocos de jipe, ou dos nevões no Monte Atlas.
Não sou muito dado a afectos com bens materiais... mas o meu lenço castanho é, de facto, uma excepção.
(travessia de Marrocos no meio de uma tempestade de areia... o jeitão que deu o lenço)
Faz-me lembrar sempre que não há limites para voar.
4 comentários:
Julgava que ias mostrar o lenço...
Oh... uma tempestade de areia enche mais a vista que um lenço, lol!
Mas publico aqui uma foto dele, sim senhor... fica prometido :)
Não me importava nada de ser esse lenço...
(que pensamento tão estúpido)
LOLOLOLOL!
É um bocado... :P
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