quinta-feira, 21 de junho de 2012

O bouquet do noivo


A, no exercício das suas funções, salva a vida a B.
B fica-lhe muito agradecido e convida-o para ir ao seu casamento com C.
Como A não conhece B e C, estes dizem-lhe para levar alguém.

Backpacker adora casamentos (aliás, vai ser padrinho de casamento no fim-de-semana anterior) e por isso nem pensa duas vezes quando A o convida para ir com ele (B e C são dois rapazes e Backpacker andava mortinho para ir um casamento de vanguarda).

E pronto, é isto: daqui a umas semaninhas tenho o meu primeiro casamento de vanguarda, bem a Sul, num espaço que também andava mortinho por conhecer (não divulgo aqui porque não cometer nenhuma inconfidência com os noivos que ainda nem conheço)! No princípio pensei que era meio estranho ir ao casamento de desconhecidos, mas a verdade é que os argumentos a favor são mais que muitos:

a) não é assim tão diferente de ir ao casamento daqueles primos que são filhos dos primos dos nossos pais (como a família é grande já fui a muitos deste tipo em que nunca tinha visto os noivos);

b) é um casamento de vanguarda;

c) é num sítio fantástico que andava mortinho por conhecer;

d) as probabilidades de conhecer gente gira e interessante são mais que muitas;

e) vou passar um dia a comer, beber, dançar e na companhia do A, de quem gosto muito e que já não vejo há algum tempo.

E agora a pergunta que se impõe: SERÁ QUE VÃO ATIRAR O BOUQUET??? A verdade é que sempre achei injusta esta história de só haver esperança para as solteiras e os homens ficarem de fora, por isso espero bem que o façam. Não acho nada bem que apenas exista um ritual que traga às encalhadas aquela resteazinha de esperança de que, se conseguirem agarrar aquele pequeno item (nem que para isso tenham que vazar um olho ou partir dois dentes às rivais) têm um casamento assegurado... e os homens? 

Levamos um charuto e uma palmada nas costas, é isso? Pois, que o charuto vai fazer-me muita falta quando eu precisar de alguém que me ajude a carregar um sofá ou que vá preparando o jantar nos dias em que chegar mais tarde a casa... 

Nada disso: rituais para nós também, faxavor! Mas já que é para criar tradições, o prazo do bouquet para solteiro pode ser maior, ok? Não precisamos de casar logo no ano seguir... Quem diz no ano a seguir diz nos 5 anos a seguir, pode ser?




2 comentários:

João Roque disse...

Também nunca fui a um casamento desses; as pessoas que conheço que já casaram, optaram por cerimónias intimas, o que entendo perfeitamente.

Unknown disse...

é bem notado, sim senhor. Agora espero que o noivo não leve bouquet porque isso seria demasiado vanguardista até para mim. E se for uma garrafinha de Favaitos?