segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Têm a honra de convidar V. Ex.ª para o evento mais gay em que jamais participou

Bem... a ausência foi prolongada, eu sei, mas a verdade é que isto não tem sido calmo. O trabalho tem sido sempre a somar, o que não é mau de todo porque o reconhecimento tem sido proporcional às responsabilidades.

Por outro lado, houve o concerto da Madonna em Coimbra (com direito a estadia na Quinta das Lágrimas), casamento da minha afilhada, o casamento "vanguarda", inúmeros jantares e festas, as férias, o meu aniversário, uns diazinhos no Porto, mais férias... enfim, uma roda-viva daquelas.

Vamos então ao casamento da Afilhada:

Foi simplesmente fantástico. O Convento fez juz à fama que tem: é um espaço encantador, que combina elegância e serenidade de uma forma perfeita. A Afilhada estava arrebatadora e eu fui um piegas logo que entrei na suite pela manhã para lhe dar um beijinho antes do evento... Acho que sou abençoado com amigos fantásticos. A sério que sou. Pessoas corajosas, loucas e inspiradoras que tornam esta vida bem mais fora de série. E esta noiva em especial ocupa um lugarzinho muito próprio: foi uma das primeiras pessoas que conheci no primeiro dia de aulas na Faculdade de Direito... entrámos um na vida do outro e nunca mais saímos.

A cerimónia teve direito a um padre meio doido, e seguiu-se a pausa para aperitivos no claustro antes do repasto. A cumplicidade Noiva/ Padrinho esteve presente na escolha do separador para mesa do Padrinho (a mesa dos noivos só contava com eles e respectivos pais), num momento em que a Noiva se lembra que era uma boa ideia gozar com um pormenor do meu passado que, em tempos, nos deu muito que rir. Naquele dia também. Os restantes convidados é que não perceberam muito bem a ideia... mas também foi melhor assim.

Quanto ao cocktail, a equação foi a seguinte:

Calor alentejano + vinhos alentejanos (em muito bom) + colegas que não via há algum tempo + amigos de sempre + a alegria de ser o Padrinho... o resultado é óbvio, não é?

No entanto, a grande surpresa veio a seguir ao jantar. A música esteve a cargo de um amigo que já tinha sido o DJ da festa dos meus 30 anos e que sabe cativar o pessoal numa pista de dança como poucos. Ora, a malta já havia dedicado um amplo período aos vinhos daquela terra abençoada, pelo que a boa música meteu a rapaziada toda na pista a dançar como se não houvesse amanhã... A surpresa: um dos convidados entrou em modo "agarrem-me-ou-eu-vou-animar-esta-festa-até-patamares-insólitos". E eles foram atingidos. Oh, se foram.

Apenas digo duas coisas: (1) nunca tinha estado num casamento em que TODOS os convidados tivessem que dançar descalços (sem meinha e tudo) e a pularem como se estivessem num concerto dos Xutos e (2) foi o evento mais gay em que já participei, AHAHAHAHAH!

Por fim veio uma noite de merecido repouso naquele Alentejo tão especial, para regressarmos a Lisboa no dia seguinte de coração cheio. Por muito cansados que estivéssemos a verdade é que já deitados continuavamos a recordar a loucura daquela festa. E outra grande verdade é que nunca fui tão apalpado como naquela boda alentejana... Ah, o que o menino gosta de ser o Padrinho.


1 comentário:

Sérgio disse...

Foi uma longa ausência :)