Para mim o 5 de Outubro não é mais um dia para estar de papo para o ar. E isso explica-se mais ou menos assim: não sou súbdito. Sou cidadão. E sei que este país não precisa de uma figura paternalista pseudo-orientadora-unificadora-glamourosa: este país precisa é de fraternidade, seriedade e empenho como ferramentas suficientes para o nosso desenvolvimento. Para além disso, gosto de saber que a Lei Fundamental do meu País não outorga emprego vitalício a uma família específica. Hoje bem podem bradar os saudosistas dos reis e das rainhas e das viscondessas e das capas e das coroas e das altezas, que a verdade é que, entre tormentas e ameaças, a República ainda aqui está. E isso enche-me o coração de esperança.
2 comentários:
A lei fundamental não outorga emprego vitalício, é certo. Mas a classe instalada encarrega-se disso, não a uma família, mas a um conjunto alargado (mas fechado) delas. E isso tira-me a esperança toda.
Já é mau o suficiente existir esse pressuposto social, quanto mais permitir que ele tenha cobertura na Constituição para uma família específica. Não, obrigado ;)
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