terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Eu não sou má pessoa. A culpa é de Arquimedes. E das meninas que querem ser beijadas.

Aqui há tempos contaram-me a seguinte anedota:

"Ia um homem a passear na praia quando vê uma menina sem braços nem pernas caída na areia e a chorar. Aproxima-se dela e pergunta: «Porque choras pequenina?»

Ela responde, chorosa: «Tenho 21 anos, não tenho perninhas, não tenho bracinhos e nunca fui beijada...»

Ele agarra-a ao colo, espeta-lhe um beijo apaixonado e a seguir deposita-a novamente na areia. Depois segue o seu caminho.

Mal dá uns passos e ouve de novo a menina a chorar. Volta para trás e pergunta-lhe: «Então? E porque choras agora pequenina?»

Ela responde: «Tenho 21 anos, não tenho perninhas, não tenho bracinhos e nunca fui f*dida...»

Ele agarra-a ao colo, balança-a, manda-a para o mar e grita-lhe:
«Pronto, agora estás f*dida!!!»

(Pausa para nos rirmos muito num misto de sadismo e brejeirice)

Ora, eu tenho um problema enorme com coisas complicadas: desinteresso-me. E se a coisa meter números e raciocínios muito abstractos em que a precisão é fundamental, então estamos perante um convite óbvio à distracção.

Bem, aqui há umas semanas achei que era giro fazer um curso de mergulho. Para quem não sabe, o mergulho tem duas componentes para lá de maçadoras: as leis da flutuabilidade e os cálculos de pressão atmosférica e afins.

Numa das aulas o Professor ia explicar porque é que os corpos flutuam... A questão é que antes disso tinha dito que o mergulho é uma prática desportiva inclusiva porque até uma pessoa sem braços ou pernas pode praticá-la. Escusado será dizer que passei o resto da aula a rir-me como um parvo e a pensar na menina da anedota.

O problema é que até hoje o raio da miúda não me sai na cabeça e sempre que estou numa ocasião mais formal imagino-me com ela ao lado e largo a rir que nem um parvo (no outro dia dei comigo a imaginar-me chegar com ela a uma reunião debaixo do braço e a sentá-la numa cadeirinha ao meu lado, o que me valeu umas valentes risadas, o que valeu o desconforto da parte contrária que estava a assinar um documento em que se reconhecia devedora da minha empresa, o que me ia valendo uma valente reprimenda).

Isto tem tanto de parvo como incómodo... mas é tão engraçado (neste momento a menina está a tentar arrumar as coisas dela na pasta para irmos para casa).

E até hoje não percebo porque é que os corpos flutuam.

4 comentários:

João Roque disse...

Oh, meu Deus, pára aí....

Anónimo disse...

AHAHAHAH! O que eu já me ri!

um coelho disse...

O P também adora essa anedota, nem conseguia conta-la até ao fim, porque começava logo a rir... humor negro no seu melhor.

Backpacker disse...

Opá, a mim acontece-me o mesmo: vou a meio e já me estou a rir que nem um perdido!

E deve ser por isso que a Menina agora me persegue...